A
noite de segunda-feira (11) foi bastante animada para quem foi até a praça da
Prefeitura de Pimenteiras. Dezenas de famílias com crianças e adultos estavam
ansiosos para assistir diversos filmes curta metragens de animação e ficção do
Brasil e de vários países estrangeiros, além do espetáculo do palhaço Cloro.
Um
deles era o pequeno ator João Pedro, de 11 anos, que participou de um longa
metragem em Poconé, no Pantanal mato-grossense, que conta a aventura de dois
irmãos, que vivem super conectados nas redes sociais e são levados pelo avô para
ter mais contato com a natureza e esquecer um pouco a internet. “Foi muito
bacana contar essa história, ainda mais que a nossa geração só vive de olho no
celular. Fico feliz em ter participado de um filme que juntou a natureza e a
vida comum, onde a gente pode se preocupar um pouquinho com o mundo que a gente
vive. Também mostrar que a nossa cidade, mesmo afastada do Rio de Janeiro ou
São Paulo, tem gente que sabe fazer cinema”, disse o pequeno artista.
Pela
sexta vez, o Cineamazônia Itinerante fez uma parada em Pimenteiras. Mesmo
depois de uma semana de festival de praia, a população compareceu ao chamado
feito nas escolas e pelas ruas. “A gente sempre fica muito satisfeito ao ver
que somos lembrados pelo Cineamazônia. Mesmo com tanto tempo de viagem pelo Rio
Guaporé, vocês fazem um evento super especial. Nossa cidade é carente desse
tipo de evento, que envolve arte e cultura. No que depender de nós, iremos
sempre apoiar as iniciativas de vocês aqui”, apontou a vice-prefeita Valéria
Garcia, que representou o prefeito Olvindo Dondé.
O
Cineamazônia também ajudou o ensino de Geografia para as crianças nas escolas
municipais de Pimenteiras, já que o cartaz que divulga a itinerância pelo Vale
do Guaporé foi utilizado como instrumento de estudo. “Além de ajudar a divulgar
o Cineamazônia, a gente recortou a parte do mapa onde são mostradas as cidades
do Brasil e Bolívia para mostrar as crianças como estamos integrados e próximos
ao nosso país vizinho. É uma bela forma de ensino, demonstrando como é a nossa
realidade”, destacou Maria dos Anjos, assessora especial da Prefeitura.
Por
fim, a coordenadora do Cineamazônia, Fernanda Kopanakis agradeceu o empenho da
equipe em 21 dias de viagem, mas lamentou a matança de 20 indígenas ocorrida
recentemente na fronteira entre Brasil e Peru. “A gente fica totalmente fora de
órbita navegando por esse rio, sem acesso a internet e telefone. Seja o contato
com a família ou até para saber de notícias cotidianas. Mal abro a internet e
vejo a notícia de que 20 índios foram mortos em um confronto por terras na
fronteira entre Brasil e Peru. Temos que procurar respeitar mais os direitos do
outro, seja do negro, da mulher, do homossexual, de qualquer pessoa. Mas, vamos
continuar nessa luta, para a preservação da Amazônia e dos direitos de quem
vive nela. Outro ponto que eu quero destacar para todos é o empenho da nossa
equipe, que vestiu a camisa do Cinemazônia e acredita no sonhos de que é
possível levar cinema, cultura e arte para os locais mais distantes do Brasil,
Bolívia e Peru. Obrigado a vocês”.
CABIXI
Por
fim, pela primeira vez, o Cineamazônia fechou o arco da fronteira entre
Rondônia e Bolívia e foi até Cabixi, pequena cidade do Cone Sul com quase 7 mil
habitantes e distante 815 quilômetros de Porto Velho.
Na
noite da terça-feira (12), a praça da cidade recebeu dezenas de famílias com
crianças e adultos, que atenderam o chamado do Cineamazônia Itinerante e da
Secretaria Municipal de Educação, que apoiou a atividade. Todos estavam muito
ansiosos pela primeira exibição de filmes curta metragens e a apresentação do
palhaço Cloro. “A equipe da Secretaria se empenhou muito para divulgar a
presença do Cineamazônia pela primeira vez em nosso município. Queremos muito
estimular a cultura por aqui. Também desejamos que essa seja a primeira de
muitas vezes que vocês voltem em nossa cidade, que também tem muitas belezas
naturais, como os Rios Cabixi e o Guaporé”, disse o secretário municipal de
Educação, Jailton Lopes Ferreira.
Já a coordenadora do
Cineamazônia Itinerante, Fernanda Kopanakis, destacou o cuidado com a cidade.
“Estou encantada com Cabixi. Era uma das poucas cidades de Rondônia que eu não
conhecia, mas fiquei muito feliz com a hospitalidade e a receptividade de
todos. Município bem cuidado, com gente acolhedora e alegre. Quero agradecer
também o apoio imprescindível da Secretaria de Educação, na pessoa do
secretário Jailton e da professora Vera, que em nenhum momento, colocaram
dificuldades em nossa vinda até aqui. Mesmo não conhecendo muito bem nosso
projeto, nos apoiaram desde o primeiro momento”, afirmou ela. (Jornalista
responsável: Felipe Corona – MTb 919/RO - Fotos: Beethoven Delano)
Nenhum comentário:
Postar um comentário