Pegando
o gancho da crônica do Altair dos Santos Lopes – Tatá - BAIRRO DO
TRIÂNGULO - O renascer da fênix patrimonial...
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Vou
lembrar alguns momentos da minha infância e adolescência, vivida
por entre os trilhos da Madeira Mamoré, justamente no trecho entre a
casa do seu Bananeira até o Triângulo – (Parte da linha férrea
onde o trem fazia a “curva”).
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Minha
família morou desde 1956, numa Vila de Casas que existiu na avenida
Farquar entre a Sete de Setembro e a Travessa Renato Medeiros em
frente a Feira Modelo (Hoje Mercado Central).
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Minha
diversão era junto com os colegas da “feira”, amossegando trem.
Quer dizer, quando o trem chegava com suas composições das viagens
fosse de Guajará Mirim ou até mesmo o chamado “Trem da Feira”
que trazia a produção dos agricultores do Teotônio para Porto
Velho e, após descarregar, os vagões eram conduzidos pelas
locomotivas para o pátio de estacionamento. Era aí que a gente
entrava em ação amossegando o “trem”.
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Quantas
vezes nos escondemos nos vagões e íamos até o Triângulo e de lá
voltávamos a pé por entre os trilhos, encontrávamos com a turma do
seu Alumínio (Geraldo Siqueira), Elizer, Clemente, Silva além do
Souza filho do Moreira e o Babá que mais tarde se tornou meu
parceiro na composição de alguns sambas, entre eles o “Ceará,
Lendas e Crenças” - Ceará de Iracema e tinha o Nonato Papudinho.
Ali perto onde existiu a casa que até bem pouco tempo, funcionou a
sede dos moradores, morava minha tia Ercília e de vez em quando,
íamos passar o dia em sua casa e então aproveitávamos para pescar
mandi, barba chata e piramutaba.
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Minha
ligação com a turma do Triângulo se completava com a frequencial
de Paulo Macha, Miguel (O Guarda da EFMM), Zé Cardoso e o Gia
fundadores da escola de samba O Triângulo Não Morreu no boteco da
mamãe bebendo cachaça
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Depois
já sempre frequentava as rodas de seresta e samba, junto com o Manga
Rosa autor do samba “Triângulo”, e Jorge Andrade. Veja a breve
história do samba “Triângulo”.
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O
samba de autoria do Manga Rosa foi feito na residência da dona
Abigail esposa do sertanista Francisco Meireles que ficava justamente
no “pé” do Morro do Triângulo. A letra do samba que até hoje é
sucesso nas rodas de samba em Porto Velho, exalta os boêmios que
participavam das reuniões musicais na residência de Abigail. “O
Black, Abigail, Chico Moreira, Manga Rosa, Nego Velho, Aldenor e
Waldemar...”.
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Inclusive
a Casa onde Manga Rosa fez o samba, ainda existe e bem poderia ser
tombada como patrimônio histórico.
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Não
quero lembrar das namoradas pra não dar confusão porém, o
Triângulo foi berço de vários artistas. Nas artes plásticas o
destaque vai para o Nonato, no samba como passista, cantor e
compositor Babá, cantor Sabará.
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No
futebol Elizer e seu irmão Silva pelo Botafogo e São Domingos.
Porém o que mais marcou o Triângulo verdadeiro (a parte a margem
dos trilhos), foi a Quadrilha “Flor do Maracujá” que tinha sede
na residência do seu Joventino Ferreira. Foi em homenagem aquela
quadrilha, que o governo estadual colocou o nome “Arraial Flor do
Maracujá” no maior evento folclórico de Rondônia.
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Ainda
no carnaval destacamos o Moraes tocador de clarim e o Armando Holanda
mais conhecido como Periquito que criou o Bloco Infanto/Juvenil o
Triângulo Não Morreu, em homenagem, a escola de samba que havia
para de desfilar.
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Isso
pra não entrar nas tradicionais famílias dos Barbadianos que
fizeram do bairro suas pátrias. Parabéns ao Tatá pela belíssima
Crônica.
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“O
Triangulo não morreu e nem morrerá”. Esse era o refrão que os
brincantes da escola de samba cantavam em seus desfiles.
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