A cantora Loalwa Braz, do
grupo de lambada Kaoma, foi encontrada morta nesta quinta-feira (19),
carbonizada dentro de um carro em local próximo de sua casa, em Saquarema, na
região dos Lagos, no Rio de Janeiro. A morte da artista de 63 anos foi
confirmada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil.
De acordo com o Corpo de
Bombeiros da região, uma equipe foi acionada às 3h50 para conter um incêndio no
sótão da pousada Azur, de propriedade de Loalwa. Às 6h, a mesma equipe atendeu
a uma outra chamada, desta vez para apagar o fogo em um carro modelo Honda
Civic, onde foi encontrado um corpo totalmente carbonizado no banco traseiro.
O assessor de imprensa da
cantora, Vinicius Belo, disse que a pousada Azur, embora ficasse em um lugar
bastante afastado, não tinha segurança. "Loalwa não tinha medo de assaltos", contou ele, que
trabalhava há oito anos com a artista.
Loalwa tinha acabado de se
curar de um câncer no ovário e se preparava para regravar seus principais
sucessos remixados em outros estilos musicais.
Sucesso da lambada
Loalwa era vocalista do
grupo de lambada de maior sucesso dos anos 1980. O Kaoma, fundado em 1985,
ganhou notoriedade mundial com hits como "Chorando Se Foi",
"Dançando Lambada" e "Lambamor". Atualmente, Loalwa vivia
em Saquarema, enquanto seu marido, o empresário francês Eric Levesqueau, mora
na França.
Ela nasceu no Rio de Janeiro
e cresceu em uma família musical. Seu pai era chefe de orquestra popular e sua
mãe, pianista clássica. Ao todo, o Kaoma vendeu mais de 25 milhões de discos em
todo o mundo e ganhou mais de 80 discos de ouro e platina. Na França, onde
Loalwa viveu durante muitos anos, "Chorando Se Foi" vendeu 700 mil
cópias.
Loalwa se apresentou pela
última vez no Brasil em setembro de 2016 em Porto Seguro, dentro de um festival
de música de lambada.
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