A Cultura ficou do lado de
fora!
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O Teatro Palácio das Artes
Rondônia construído com o objetivo de abrigar eventos culturais como encenação de
peças de teatro, dança, música etc. Isto está na Lei que criou a Fundação
Palácio das Artes Rondônia – FUNPAR, no Estatuto e no Regimento Interno da
Fundação.
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Acontece que o Sesc
solicitou há alguns meses para realização do Palco Giratório entre os dias 30
de agosto e 27 de setembro, o complexo formado pelos Teatros Palácio das Artes
Rondônia e Guaporé. O teatro Guaporé com capacidade para pouco mais de 200
pessoas, serviria para a aplicação das oficinas que fazem parte do Palco
Giratório enquanto o Palácio das Artes abrigaria as encenações teatrais, ou
seja, as Companhias Teatrais convidadas.
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Porém, a coisa não está
acontecendo como deveria acontecer. Apesar da direção da Funpar ter dado
parecer contrário, os responsáveis pelo II Congresso Rondoniense de Direito das
Famílias mexeram os “pauzinhos” e conseguiram, tirar do Teatro Palácio
das Artes Rondônia a programação do Palco Giratório. Resultado:
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Pois é meus amigos, aquilo
que muitos previram, está acontecendo mal o Teatrão completou seis meses.
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As peças do Palco Giratório
estão sendo realizadas no Teatro Guaporé para apenas 200 e poucas pessoas,
enquanto o TJ, OAB e MP ocupam os mais de MIL lugares do Palácio das Artes
Rondônia.
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A cultura ficou do lado de
fora da sua casa. Isso só acontece em Rondônia e em especial em Porto Velho,
onde a valorização da cultura é ZERO.
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Aqui em Porto Velho a cor e
o corte do TERNO ainda têm muita força na hora da chamada “carteirada”.
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Quinta feira passada dia 10,
mais de quinhentas pessoas não puderam assistir a peça “Antes da Chuva”, por
falta de lugar no teatro. A fila tava dobrando a esquina da Tabajara com a
Farquar. Muita gente questionou a direção da Funpar na pessoa do presidente
Severino. Por que o governo (o primeiro nome que sai é o do governo estadual),
prefere ceder o Palácio das Artes Rondônia para um evento não cultural,
enquanto o evento realmente cultural vai para uma sala pequena?
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Só para lembrar! As
entidades envolvidas na realização do Congresso, todas, contam com auditório em
suas sedes, ou seja, OAB, MP e TJ. Por que não utilizaram esses espaços. O
Congresso bem poderia ser realizado cada dia num dos auditórios.
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Acontece que o melhor mesmo,
é utilizar a estrutura do TEATRÃO e deixar o evento cultural que já havia
reservado o espaço no espaço pequeno. “Esse negócio de teatro é pra quem não
tem o que fazer”, vai ver pensaram assim!
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Agora quem sou eu para
contestar tão poderosas entidades. Entidades que abrigam homens togados,
doutores da lei, conhecedores de todos os direitos?
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Tô ficando é velho, burro
não! Mas que a turma que gosta de prestigiar os eventos culturais do segmento
Artes Cênicas, ta chiando mais que tampa de panela de pressão não tenham
dúvidas.
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E tem mais, Para participar
do Congresso, os interessados tiveram que desembolsar entre R$ 100 e 150. É
isso mesmo, alunos pagam 100 e professores 150.
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O evento também conta com o
apoio da Caixa e das Usinas do Madeira. Será que esse apoio foi apenas na
confecção do material do tipo pasta, caneta, bloco de notas e programação?
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Com certeza a “Saga
Beradeira” passou na noite de ontem pelo mesmo problema da peça de quinta
feira, ou seja, muita gente pra pouco espaço.
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É triste, constatar que o
Teatro Palácio das Artes Rondônia deixou de abrigar um evento cultural para se
transformar em auditório de palestra cuja entrada saiu pelos “olhos da cara”!
Caros,
ResponderExcluirEu era membro da Comissão de Pauta da Fundação Palácio das Artes.
Tomei a decisão de sair dessa comissão, quando em reunião o presidente da fundação nos comunicou que a pauta aprovada por nossa comissão havia sido substituída a revelia pelo Governo do Estado para dar prioridade a um evento da OAB, TJ e MP. Este evento da notícia é lamentável.
Enquanto Rondônia viver a política dos caciques, doutô (que geralmente são bacharéis) e coroné continuaremos a ver obras inacabadas e a as acabadas com uso comprometido, como é o caso da Fundação Palácio das Artes.
Enquanto os favorecimentos políticos em nome dos contatos forem mais importantes do que os protocolos estaremos condicionados a situações como essa: Um espaço destinado às artes ser destinado a outro evento por preferência do Governo do Estado à revelia dos interesses do teatro. Sem contestar o mérito do evento da OAB, II Congresso Rondoniense de Direito das Famílias, que é deveras nobre.
O triste disso, é ver que os atores envolvidos são a OAB, o MP e o TJ, instituições que deveriam ser o bastião de uma sociedade justa.
Enquanto colocarmos a educação e a cultura em segundo plano, daremos cada vez mais valor a justiça de "doutores". A justiça se faz com investimento em educação e cultura. o Tribunal deveria ser a exceção, porém, infelizmente virou a regra e o "carteiraço" vale mais do que os protocolos.
A pauta deveria ter sido solicitada à FUNPAR e não ser tratada em gabinete na Casa Civil e depois somente ser informada à FUNPAR, de modo que a nós bastava unicamente acatar a decisão.
Para que serve a Comissão de Pauta então? E o que já havia sido deliberado?
Solicitei a minha saída da Comissão de Pauta da Fundação Palácio das Artes na reunião que soube que nossa deliberação havia sido suprimida pela Casa Civil, e pedi para registrar em ata que não via função para aquela comissão se situações como essa seriam recorrentes. Essa já era a terceira vez que essa situação ocorria, o que me fez pensar que mais vezes ocorreria, e que, portanto, minha presença em tal comissão era desnecessária, pois tal comissão seria algo fantasioso, somente para constar como aparência da defesa dos reais objetivos do teatro: artes, educação e cultura.
O governo do Estado de Rondônia tem de pensar muito bem sobre o que fará com a Fundação Palácio das Artes, atualmente maior equipamento cultural do gênero na Região Norte. Esses dois teatros e as áreas contíguas poderão se transformar em estacionamento e auditório de engravatados, políticos e politicagens ou podem ser transformados em exemplo de gestão para as artes no Brasil.
Há que se lembrar que um equipamento desses não se faz somente construindo-o. Há que se destinar verba no orçamento estadual para equipamentos, manutenção, quadro de funcionários, rotina e programação. Além disso há que se pensar qual o modelo: Casa de espetáculos artísticos ou casa de espetáculos e formação em artes.
Não se pode deixar um equipamento como esses ser usurpado por interesses politiqueiros. Há que se pensar a longo prazo em uma Fundação Palácio das Artes com orçamento próprio, quadro concursado (por mais que seja contrato via CLT, com a autonomia da Fundação), possibilidade de autonomia para captação de recursos com a iniciativa privada e foco nas artes.
Rondônia tem uma oportunidade ímpar de consolidar um Equipamento Cultural de nível nacional, e não tenho medo em dizer, internacional. Porém não se pode deixar a tacanhice do poder ser superior à inteligência das artes.
Deixo aqui meu reconhecimento ao bom trabalho do atual Presidente da FUNPAR, Severino Costa, e aos outros diretores do teatro que desejam fazer o correto dentro da instituição. Testemunhei diretores do teatro pegando em vassouras para organizar os camarins. O que, por um lado, é uma demonstração de humildade e vontade de que as coisas aconteçam, porém de outro, mostra o descaso do Governo Estadual para uma gestão da Fundação Palácio das Artes que tenha estrutura de trabalho.
Enquanto isso não mudar...
Leia em: https://www.facebook.com/cleberix/posts/10153027310607601
E como justficar q o projeto mais educação traga o teatro para os currículos escolares com uma carteirada dessa? Teatro é só para os pobres pais e alunos eleitores na próxima campanha eleitoral.
ResponderExcluirE como justficar q o projeto mais educação traga o teatro para os currículos escolares com uma carteirada dessa? Teatro é só para os pobres pais e alunos eleitores na próxima campanha eleitoral.
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