Esporte
e Cultura um calendário a ser montado
Há mais de trinta anos
morando em Rondônia, especificamente em Rolim de Moura, onde é vereador
(licenciado), professor, empresário e presbítero da igreja Cristiano do Brasil,
Rodnei Paes aceitou o convite do governador Confúcio Moura e assumiu a
Superintendência de Esporte, Cultura e Lazer – Secel e desde então, vem
reunindo os integrantes dos diversos segmentos culturais com o objetivo de
catalogar os problemas de cada setor, tanto do esporte como da cultura. “Semana
passada os gestores de cultura dos municípios de Rondônia lá em Presidente
Médici e consideramos o encontro muito bom”.
Nessa entrevista Rodnei fala
sobre a expedição do Alvará do Teatro Palácio das Artes, além dos problemas que
enfrenta para liberar junto ao Corpo de Bombeiros os estádios de futebol
Aluizio Ferreira de Porto Velho e João Saldanha de Guajará Mirim. “Quanto ao
Festival Folclóricos de Guajará Mirim - Duelo na Fronteira nossa equipe técnica
está fazendo de tudo no sentido de viabilizá-lo. Está difícil”.
Além dos temas citados, o
Superintendente da Secel que já caiu na graça tanto da turma cultura como do
esporte, fala sobre o que está sendo encaminhado para num futuro próximo a
Secel volte a atuar como Secretaria de Estado.
Entrevista
Zk – Como o senhor analisa o
encontro dos gestores de cultura e esporte que aconteceu recentemente em
Presidente Médici?
Rodnei Paes – Vejo que a
aproximação do poder executivo estadual através da Secel indo aos municípios
conversar com os gestores, tanto do esporte como da cultura, é positiva. Nossa
preocupação hoje, é que precisamos urgentemente fazer o diagnóstico do que
acontece no esporte e na cultura no estado de Rondônia. A Secel não tem noção
do que está acontecendo lá no Cone Sul, na Zona da Mata etc. As coisas
evoluíram muito. Hoje os municípios que conseguirem se organizar, criando o
Sistema Municipal de Esporte, criando o Sistema Municipal de Cultura, podem
através dos seus CNPJ buscar recursos diretamente nos Ministérios, quem sabe
até sem precisar da Secel.
Zk – Quantos municípios
participaram do evento?
Rodnei Paes – Dos 52
municípios compareceram 32, sabendo que alguns municípios não contam com órgãos
que cuide do esporte ou da cultura, a Secretaria de Educação é que cuida dos
dois e a prioridade da Secretaria de Educação é cuidar da educação. Acredito
que muitos não compareceram por esse motivo e outros por serem muito longe. O
pessoal de Cabixi me ligou, dizendo que não tinha carro para vir, um era
professor e não tinha como largar a sala de aula para comparecer ao encontro.
Zk – O governo federal
participou do encontro?
Rodnei Paes – Foi um dos
pontos positivo, contamos com dois representantes do Ministério dos Esportes e
dois do Ministério da Cultura. A Andrea representante do Ministério dos
Esportes saiu muito feliz, dizendo que Rondônia foi o primeiro estado do Brasil
a realmente provocar uma reunião com os municípios para discutir o Sistema, a
fala dela mostrou o valor do encontro.
Zk – Outro problema que
quando o senhor assumiu a Secel já existia. É o Alvará do Teatro. Como está
essa situação?
Rodnei Paes – Esse é um
problema sério! Quando cheguei aqui precisava do RIT, fomos ao Deosp
conseguimos e encaminhamos à Secretaria Municipal de Transito e lá eles fizeram
algumas observações. Voltou pro Deosp que atendeu a solicitação, foi novamente
para a Semtran e novamente eles devolveram ao Deosp com mais exigências e o
Deosp já respondeu e agora estamos aguardando a Semtran aprovar o RIT e só
então, vamos dar entrada na solicitação do Alvará. Inclusive falei com o
Emerson Castro que é o Chefe da Casa Civil para que interceda para que esse
problema seja resolvido junto à prefeitura de Porto Velho, afinal de contas o
teatro não é do governo, é da Capital, da cidade de Porto Velho.
Zk – O teatro será administrado
pela Secel?
Rodnei Paes – Não, o governo
criou a Fundação Palácio das Artes Rondônia - FUNPAR para administrar os dois
teatros. Essa Fundação já existe e está toda legalizada e assim que sair o Alvará
o governador deve nomear seu presidente.
Zk – Tem a pessoa para
assumir a FUNPAR?
Rodnei Paes – Ainda não! Na
verdade a Superintendência está acumulando a função da administração do teatro,
mas, não temos como dar conta, a correria na Secel é muita e a gente não tem
uma equipe tão grande assim. Estamos viajando pelo estado verificando in loco
os problemas inerentes à Superintendência como foi o caso de Guajará Mirim,
onde estivemos semana passada verificando os problemas dos Bois e teve o
encontro de gestores em Médici. Assim que sair o Alvará com certeza o
governador vai nomear seu presidente.
Zk – Como está a situação do
Festival Folclórico de Guajará Mirim o Duelo na Fronteira entre os bois Malhadinho
e Flor do Campo?
Rodnei Paes – Na verdade é
uma festa tradicional de Guajará Mirim que precisa do apoio do governo do
estado e o governo concorda com isso, porém, estamos praticamente
impossibilitados de fazer convênios com as agremiações, porque elas estão
inadimplentes. A Secel poderia firmar convênio com a prefeitura de Guajará, mas
a prefeitura também tem pendência. Nossa equipe técnica está estudando o meio
de como o governo apoiar o Duelo ainda este ano.
Zk – O governo estadual
independente de repasse financeiro aos grupos pode colaborar com o que?
Rodnei Paes – Estamos
contratando via chamamento público arquibancada, palco, iluminação, som,
banheiros químicos e tendas para atender algumas festas, entre elas o Flor do
Maracujá e estamos colocando a disposição de Guajará Mirim essa mesma
estrutura. O deputado Dr. Neidson que é de Guajará assumiu o compromisso de
colocar Emenda no valor de R$ 200 MIL. Esse é o apoio que a Secel vai poder
firmar com o Duelo na Fronteira.
Zk – Outro problema está na
área do esporte especificamente no Futebol, pois, tanto o estádio João Saldanha
de Guajará Mirim como o Aluizio Ferreira de Porto Velho estão interditados. O
que deixa os times de futebol Gênus e Guajará sem poder mandar seus jogos nas
suas cidades. O que a Secel está fazendo para sanar esse problema?
Rodnei Paes – Não são apenas
esses estádios que estão com problemas. Existem quatro estádios interditados. O
de Guajará Mirim o de Porto Velho, Ariquemes, Ji Paraná (Biancão). A gente tem
que respeitar o Corpo de Bombeiro, é uma instituição que tem um serviço
prestado ao nosso estado muito bom, mas, acho que muita coisa tem que ter certa
flexibilidade. Acabei de falar com a Federação de Futebol de Rondônia (isso foi
quinta feira passada), que não quer aceitar o Alvará ou a liberação do Estádio João
Saldanha conseguido hoje de manhã, porque a Lei diz que tem que ser oito (8)
dias antes do jogo. O Regimento é flexível quando em um dos Parágrafos diz que
os casos omissos podem ser resolvidos pela presidência da entidade.
Zk – E o Aluizão?
Rodnei Paes – Vamos fazer
uma visita ainda hoje (quinta feira passada), juntamente com o Corpo de
Bombeiros, já que atendemos as exigências que eles pediram, Reformamos
arquibancadas, iluminação, colocamos grama no gol, vamos reformar os vestiários
para que o Gênus possa mandar seus jogos lá.
Zk – O senhor reuniu com militantes
de vários segmentos culturais na semana passada. Como foi a conversa?
Rodnei Paes – É muito
importante essa aproximação e a gente tem se preocupado em reunir por
segmentos. Naquela reunião vi pessoas desacreditadas com a falta de apoio. A
gente não vem com promessa, não vamos dizer que vamos resolver tudo, mas dentro
do possível, ajudar com a parte logística, parte técnica. Achei um absurdo uma
pessoa dizer durante a reunião que a Secel tinha fechado as portas e que nem
acessar o site, usar a estrutura da Superintendência para fazer um documento é
mais possível.
Zk – E é?
Rodnei Paes – Claro! Isso
aqui é do povo, não pode virar bagunça, todo mundo tem acesso à Secel hoje,
você pode chegar aqui que vai encontrar a porta do gabinete aberta e eu procuro
atender todo mundo, existe os atropelos, mas, todo mundo merece respeito. O
pessoal da capital e do interior que faz cultura verdadeiramente pode contar com
nosso apoio, nossa atenção.
Zk – Como está o calendário
cultural do estado?
Rodnei Paes – Não existe
esse calendário cultural, estamos aqui há quarenta dias e já estamos
trabalhando juntamente com nossa equipe, para definirmos o Calendário Cultural.
Quando for em janeiro de 2016 a pessoa vai chegar aqui e eu vou apresentar
quais os eventos da área esportiva e cultural que serão apoiados
financeiramente pela Secel. Vamos acabar com esse negócio dos prefeitos, grupos
culturais e esportivos chegarem aqui pedindo com o pires na mão, implorando por
apoio, esse é o nosso objetivo. Estamos nos organizando em 2015 para atendermos
em 2016.
Zk – Flor do Maracujá?
Rodnei Paes – O Arraial Flor
do Maracujá contará com o apoio do governo do estado via Secel que vai colocar
toda a estrutura de arquibancada, som, iluminação e tendas. O governo só está
impedido de repassar recursos financeiros para os grupos, mas vamos entrar na
parceria com estrutura física.
Zk – Para encerrar, qual o
orçamento da Secel para 2015?
Rodnei Paes – Temos algum
remanejamento que já foram feitos de alguns recursos que foram retirados da
Secel para atender outra demanda o que é normal no poder público. Temos em
média R$ 6 a 7 Milhões para a Cultura que acho pouco, enquanto o Esporte tem R$
13 Milhões.
Zk – Encerrando?
Rodnei Paes – Tô descobrindo
agora o universo da cultura que é muito maior do que eu imaginava, por isso
precisamos de um orçamento maior.
Rodnei, já estamos satisfeito, só em saber que as portas da SECEL está aberta pra todos que fazem cultura no Estado, em especial o nosso Festival Folclórico de Guajará Mirim. Parabéns pelo excelente trabalho que está sendo realizado por você e a nossa Bebel.
ResponderExcluirbem bindo,