Carnaval de 1995 – Mestre
Sala abandona a avenida e escola perde o título – História!
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Na época o Dr. Aparício
Carvalho era o presidente da escola de samba Pobres do Caiari e resolveu
aceitar, o enredo apresentado pelo carnavalesco Aluizio Bentes com o Tema “O Catega Caiari”.
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O samba foi da parceria
Silvio e Bentes e a letra dizia: Os índios deram nome ao rio. Do rio veio a
cidade, fez o bairro Caiari. A Vila Erse, a Garagem do Governo, as Caixas
D’água e o Bar do Canduri.
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Ali, pousaram aviões e os
Categas começaram a freqüentar, baile de gala, la no clube do Ypiranga que a
Guaporé costumava divulgar.
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Roda baiana quero ver rodar,
eu sou tradição tenho história pra contar...
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E lá foi a escola desfilando
pela avenida Farquar como o povo gritando é campeã, é campeã, tanta era a
beleza das fantasias e alegorias e sem modéstia do samba enredo.
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Nessas alturas eu Silvio
Santos comentei com o parceiro e vice presidente da AESB ao meu lado Manelão:
“Dessa vez não tem pra ninguém a escolinha vai ganhar”. Escolinha era o apelido
carinhoso pelo qual os moradores do bairro Caiari se referiam a escola de samba
Pobres do Caiari.
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Da Comissão de Frente a Ala
das Baianas estava tudo perfeito! O presidente Aparício Carvalho e toda sua
diretoria vinha a frente da Comissão de Frente cumprimentado o público e as
autoridades e convidando-os para assistirem o espetáculo que sua escola estava
começando a proporcionar.
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As cabines dos jurados foram
montadas num módulo ao lado do “Palanque Oficial” no espaço entre o muro do
estádio Aluizio Ferreira e a Escola SENAI Marechal, Rondon.
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A voz do Walfredo da Esquina
intérprete do samba enredo, ecoava pela esplanada das secretarias e era ouvida
até o bairro da Olaria, principalmente quando o samba chegava no refrão:
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“Olha a pipoca, papagaio e
picolé, todo mundo vai de graça... Na Banda do Vai Quem Quer!”
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De repente Manelão grita: “Deu merda!. O que foi? Perguntei, O
Mestre Sala Bosquinho derrubou a peruca da Porta Bandeira Leila pqp...
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Ficamos torcendo para que o
jurado do quesito Mestre Sala e Porta Bandeira não tivesse visto o acontecido.
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Como diz o ditado, “desgraça
pouca e tiquinho”. Para completar a “merda”. Bosquinho quando chegou em frente
ao “Palanque Oficial”, ninguém soube explicar o por que, saiu da avenida e foi
embora no rumo da Arigolândia abandonando no meio da evenida sua Porta Bandeira
Leila que sem saber o que fazer.
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Ficou rodando com a bandeira
desfraldada em frente a cabine dos jurados e nada do Mestre Sala voltar.
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Manelão desesperado, desceu
do Palanque e foi atrás do Bosquinho com o intuito de fazê-lo retornar à
avenida.
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Os minutos passaram e nem
Manelão nem Bosquinho voltaram, a escola terminou seu desfile e quando os
demais brincantes e membros da coordenação ficaram sabendo a “palhaçada” do
Bosco saíram procurando o mesmo, para dar uma sova, nessas alturas Manelão
estava com ele no pronto socorro do Hospital de Base.
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O Mestre caiu em coma
alcoólica e só ficou sabendo da merda que fez, no dia seguinte. Aí amigos Inez
já era morta.
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O locutor responsável pela
divulgação das notas, durante a apuração que aconteceu na tarde de terça feira,
na biblioteca Francisco Meirelles. Anunciou!
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Em virtude do abandono da
passarela do samba pelo Mestre Sala, a escolas de samba Pobres do Caiari FICA SEM NOTA NO QUESITO Mestre Sala e
Porta Bandeira.
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A campeã do carnaval de 1995
foi a escola de samba Unidos da Castanheira!
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