quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Lenha na Fogueira - 15.01.15


Carnaval de 1995 – Mestre Sala abandona a avenida e escola perde o título – História!

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Na época o Dr. Aparício Carvalho era o presidente da escola de samba Pobres do Caiari e resolveu aceitar, o enredo apresentado pelo carnavalesco Aluizio Bentes com o Tema “O Catega Caiari”.

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O samba foi da parceria Silvio e Bentes e a letra dizia: Os índios deram nome ao rio. Do rio veio a cidade, fez o bairro Caiari. A Vila Erse, a Garagem do Governo, as Caixas D’água e o Bar do Canduri.

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Ali, pousaram aviões e os Categas começaram a freqüentar, baile de gala, la no clube do Ypiranga que a Guaporé costumava divulgar.

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Roda baiana quero ver rodar, eu sou tradição tenho história pra contar...
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E lá foi a escola desfilando pela avenida Farquar como o povo gritando é campeã, é campeã, tanta era a beleza das fantasias e alegorias e sem modéstia do samba enredo.

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Nessas alturas eu Silvio Santos comentei com o parceiro e vice presidente da AESB ao meu lado Manelão: “Dessa vez não tem pra ninguém a escolinha vai ganhar”. Escolinha era o apelido carinhoso pelo qual os moradores do bairro Caiari se referiam a escola de samba Pobres do Caiari.

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Da Comissão de Frente a Ala das Baianas estava tudo perfeito! O presidente Aparício Carvalho e toda sua diretoria vinha a frente da Comissão de Frente cumprimentado o público e as autoridades e convidando-os para assistirem o espetáculo que sua escola estava começando a proporcionar.

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As cabines dos jurados foram montadas num módulo ao lado do “Palanque Oficial” no espaço entre o muro do estádio Aluizio Ferreira e a Escola SENAI Marechal, Rondon.

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A voz do Walfredo da Esquina intérprete do samba enredo, ecoava pela esplanada das secretarias e era ouvida até o bairro da Olaria, principalmente quando o samba chegava no refrão:

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“Olha a pipoca, papagaio e picolé, todo mundo vai de graça... Na Banda do Vai Quem Quer!”

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De repente Manelão grita: “Deu merda!. O que foi? Perguntei, O Mestre Sala Bosquinho derrubou a peruca da Porta Bandeira Leila pqp...
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Ficamos torcendo para que o jurado do quesito Mestre Sala e Porta Bandeira não tivesse visto o acontecido.

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Como diz o ditado, “desgraça pouca e tiquinho”. Para completar a “merda”. Bosquinho quando chegou em frente ao “Palanque Oficial”, ninguém soube explicar o por que, saiu da avenida e foi embora no rumo da Arigolândia abandonando no meio da evenida sua Porta Bandeira Leila que sem saber o que fazer.

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Ficou rodando com a bandeira desfraldada em frente a cabine dos jurados e nada do Mestre Sala voltar.

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Manelão desesperado, desceu do Palanque e foi atrás do Bosquinho com o intuito de fazê-lo retornar à avenida.

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Os minutos passaram e nem Manelão nem Bosquinho voltaram, a escola terminou seu desfile e quando os demais brincantes e membros da coordenação ficaram sabendo a “palhaçada” do Bosco saíram procurando o mesmo, para dar uma sova, nessas alturas Manelão estava com ele no pronto socorro do Hospital de Base.

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O Mestre caiu em coma alcoólica e só ficou sabendo da merda que fez, no dia seguinte. Aí amigos Inez já era morta.

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O locutor responsável pela divulgação das notas, durante a apuração que aconteceu na tarde de terça feira, na biblioteca Francisco Meirelles. Anunciou!

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Em virtude do abandono da passarela do samba pelo Mestre Sala, a escolas de samba Pobres do Caiari FICA SEM NOTA NO QUESITO Mestre Sala e Porta Bandeira.

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A campeã do carnaval de 1995 foi a escola de samba Unidos da Castanheira!

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