Rondônia perdeu no
inicio da noite da última terça feira 24, um de seus mais considerados filhos,
o pioneiro Dionísio Shochness. Dionísio nasceu em Porto
Velho no dia 19 de abril de 1922 e em 1954 casou com a professora Syvil Winte
Shochness com quem teve cinco filhos Elizabeth, Eli, Eliezer, Elsie e o Dionísio
Júnior. Com apenas 12 anos de idade em 1934, ingressou na Estrada de Ferro
Madeira Mamoré como aprendiz na oficina das Cegonhas e daí pra frente, só fez
crescer dentro da empresa, até conseguir seu mais almejado sonho, que era ser
maquinista de locomotiva. Por alguns anos foi encarregado da manutenção dos
veículos ferroviários no trecho entre Abunã e Guajará Mirim. Se aposentou em
1969 após 35 anos de bons serviços prestados a EFMM. A convite do governador
Jorge Teixeira voltou a trabalhar na Madeira Mamoré em 1980, quando foi
restaurado o trecho entre Porto Velho e Cachoeira do Teotônio.
Na política foi um
dos fundadores do MDB hoje PMDB. Era Maçom muito considerado pelos irmãos de
todas as Lojas.
Uma de suas grandes
paixões foi o Flamengo do Rio de Janeiro que costuma chamar de “Meu Framengo”
Seu
corpo foi velado na 1ª Igreja Batista de Porto Velho de onde saiu para o
cemitério dos Inocentes as 15h00 de ontem 25, em grande cortejo.
Durante o velório, ouvimos
depoimentos de vários pessoas sobre o pioneiro de Rondônia Dionísio Shochness:
“60 anos de matrimônio,
nascemos e nos casamos aqui em Porto Velho. Temos que seguir esse caminho,
nunca queremos que esse dia chegue, mas, ele chega. Em novembro do ano passado
ele caiu na cozinha sem nada, o chão estava enxuto, quebrou duas costelas
levamos para o hospital onde ficou em recuperação aí veio a complicação no
coração, depois insuficiência renal e terça feira dia 24, por volta das oito e
meia da noite faleceu no hospital 9 de Julho. (Syvil Winte Shochness – Esposa)
“A
gente tem a certeza do dever cumprido, um bom pai, nos passou muitos valores,
agora vai ficar só a saudade”. (Elizabeth – Filha).
“É uma
perda irreparável, mas, pelos princípios bíblicos e cristãos, sabemos que pode
acontecer a qualquer hora, a Bíblia diz: “Procura apresentar-te diante de Deus
aprovado”. Ele está na paz, está com Deus e nós ficamos contentes
por ele ter gozado de todos os privilégios conosco e no final de sua vida,
estar na presença de Deus” (Elvestre Jonshon - Jornalista).
“A vida do irmão Dionísio foi de testemunho. O
que ele fez, fala mais alto do que suas próprias palavras. Na igreja, sempre
foi uma pessoa participativa muito envolvente, dando sua contribuição para que
o evangelho pudesse se expandir cada vez mais”. (Carlos Alberto – Pastor
substituto da 1ª Igreja Batista).
“Foi um baluarte! Caracterizou muito bem a resistência
da cultura dos povos que vieram para esta região, não só os barbadianos, mas,
os gregos, alemães e outros que vieram para a construção dessa epopéia que deu
origem ao estado de Rondônia. Ficamos tristes, mas, ao mesmo tempo gratificados.
Nosso irmão estava sofrendo muito e agora sabemos que ele foi pro reino da
glória”. (Bubu Jonshon – Produtor Cultural)
“Uma
pessoa respeitada, séria e feliz. Ficamos amigos na maçonaria, sempre
brincalhão nas reuniões, gostava de me gozar porque sou vascaíno e ele
flamenguista em suma, perdemos um grande homem”. (Enio Melo – Engenheiro e
Músico)
“Nossa história perde um
grande vulto e fica mais pobre! Lamento porque a gente percebe que com o passar
do tempo a indiferença por arte das autoridades em relação a esses pioneiros.
Cada vez que Deus chama um deles, vou repetir, a nossa história vai ficando
cada vez mais pobre”. (Beni Andrade – Publicitário/Radialista)
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