Ontem os dirigentes de
blocos de trio elétrico, foram convocados a participar de uma reunião com
alguns representes de órgãos municiais e estaduais que trabalham na “organização”
do carnaval de rua de Porto Velho
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A reunião aconteceu no
gabinete do prefeito Mauro Nazif no palácio Tancredo Neves e reuniu
praticamente todos os blocos que desfilam, nos vários circuitos carnavalescos
de Porto Velho.
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Segundo a presidente da
Funcultural Jória Lima, a reunião foi apenas com os dirigentes dos blocos de
trio elétrico, porque diferente das escolas de samba, cujos desfiles são
totalmente organizados pela prefeitura municipal através da Funcultural, os
blocos é quem determinam através de solicitação à prefeitura o local por onde
vão desfilar.
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Um dos grandes problemas
enfrentados por essas entidades carnavalescas, é quanto a obrigação de isolarem
com grades, o percurso do bloco.
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Foi justamente nesse ponto
que a reunião se pautou. Os dirigentes dos blocos questionaram o secretário da
Semtran sobre a exigência da colocação dessas grades. A pergunta de todos foi:
“Não dá para se utilizar as fitas zebradas para isolar as artérias por onde o
bloco vai desfilar?
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O coronel Carlos Guttemberg
após ouvir as ponderações dos blocos, ficou de estudar a proposta e dar a
resposta na próxima reunião, marcada para acontecer terça feira dia 11.
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O advogado Ernande
Segismundo lembrou o senhor Coronel da Semtran e as demais autoridades
presentes: “Já participei de carnaval, Recife e Rio de Janeiro onde os blocos
arrastam milhões de foliões como é o caso do Galo da Madrugada, Bacalhau do
Batata, Banda de Ipanema, ‘Suvaco’ do Cristo e Monobloco e nunca vi uma grade
sequer colocada no trecho do percurso desses blocos”.
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Esse que escreve essa
coluna, também já brincou carnaval na Banda de Ipanema, Cordão do Bola Preta no
Rio de Janeiro e posso garantir que também nunca vi nem mesmo as fitas zebradas
isolando as artérias por onde desfilam essas agremiações carnavalescas.
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O que se vê nessas cidades,
inclusive em Salvador (BA) é o governo estadual e municipal convidando o povo a
prestigiar os desfiles carnavalescos e ainda oferece toda segurança possível.
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No Rio de Janeiro a
prefeitura através da empresa de turismo, enche a cidade de banheiros químicos
e exige que o folião não “mije’ na rua. Quem for pego mijando no meio da rua ou
em qualquer outro local que não seja banheiro ou mikitório, paga multa.
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Aqui a prefeitura em vez de
incentivar os desfiles dos blocos, procura atrapalhar exigindo mundo e fundos
dos dirigentes desses cordões.
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O que realmente está
faltando em nossa cidade, é mais compromisso com o setor que mais gera emprego
e renda no Brasil e no Mundo que é a indústria do turismo.
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O que se deveria fazer era
dar mais apoio a essas entidades para que nossa cidade recebesse maior número
de turistas possível.
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Enquanto ficam exigindo
grades, deveriam estar apoiando mais essas entidades carnavalescas estruturando
a cidade para receber os turistas. A segurança do povo é dever do estado, é
constitucional.
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Agora tão querendo inclusive
que os blocos sejam os responsáveis pelo isolamento dos postos de gasolina.
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Daqui a pouco, vão exigir
que os blocos disponibilizem inclusive papel higiênico para os foliões.
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Estamos em Porto Velho a
capital do “Já Teve” e agora do “Tão Querendo”!
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