Na
próxima terça feira 7 de setembro, Cecileide vai apresentar a sociedade de
Porto Velho, em especial, aos historiadores o documentário “Dia de Feira”.
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Fui
convidado a registrar meu depoimento e o fiz com a maior felicidade, pois,
praticamente minha infância e adolescência, foi participando das feiras:
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Primeiro
em frente ao Mercado Municipal (hoje Cultural), depois na Rua do Coqueiro e por
fim na Feira Modelo que hoje é conhecida como Mercado Central.
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Assim
como eu a Ciceleide também teve seus dias de Feira, inclusive seu Pai e a
senhora sua Mãe integram o documentário como principais protagonistas.
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Veja o
que ela escreve sobre o Documentário, que será exibido no Mercado do Cai N’água
as 9 horas do dia 7 de setembro:
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“Dia
de Feira é um documentário que surgiu do amor de uma família pelas suas
origens. Da vida no sertão do Ceará às portas que se abriram na Amazônia,
conheceremos as trajetórias de dona Maria de Lourdes da Silva e seu Cícero
Correia da Silva, um dos fundadores da famosa Feira do Cai n’Àgua. Nessa viagem ao passado, poderemos visitar a
história da nossa terra pela perspectiva de uma das muitas famílias que aqui
encontraram seu caminho e contribuíram para o crescimento de Porto Velho/RO.
Vem com a gente visitar essas memórias”
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Lembrando
que antes o que hoje conhecemos como Feira do Cai N’água antes foi a Feira do
Pescado.
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Bom,
como escrevi lá em cima, o documentário, mesmo antes de assisti-lo, me fez
voltar ao meu tempo de infância.
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Pois
fui praticamente criado nas feiras, aonde minha mãe dona Inez, tinha “BANCA” de
venda de comida.
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Tudo
começou quando viemos de Guajará Mirim para Porto Velho, no início ano de 1951.
Aqui chegando, fomos morar em uma casa pertencente a dona Maroca que ficava a
rua Carlos Gomes e minha mãe conseguiu autorização para colocar uma BANCA na Feira
que funcionava em frente ao Mercado Municipal.
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A
época, estavam construindo o Palácio do Governo, cuja inauguração só aconteceu
no ano de 1954 e em consequência, a Feira Livre foi transferida para a Rua do Coqueiro, entre o Clube
Ferroviário que a época estava sendo construído para ser a Estação de
Passageiros da Estrada Ferro Madeira Mamoré e o SALFT.
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A
Feira ficou na Rua do Coqueiro até que terminasse a construção do galpão. que
abrigou a “Feira Modelo”, inaugurada pelo governador
Ênio Pinheiro. Nesse interim, apesar da pouca idade, eu procurava ajudar minha
mãe, carregando água para as BANQUEIRAS e vendendo SACO que era feito com
folhas de Saco de Cimento.
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Quando
a Feira passou para o Galpão construído no quadrilátero formado pelas vias:
Euclides da Cunha, José do Patrocínio, Farquar e Travessa Renato Medeiros, aí minha
Mãe não colocou BANCA nessa feira porque o Diretor da Estrada de Ferro Madeira Mamoré
(não lembro seu nome), cedeu o espeço entre a rua 7 Setembro e o Início da
Ladeira da Farquar (sentido bairro Caiari), para algumas pessoas, entre elas
minha mãe e ali construímos uma casa onde passamos a morar. Minha mãe então
montou o que a época, era conhecido como “PENSÃO” hoje seria RESTAURANTE. Nossa Pensão ficava em
frente a Feira Modelo no terreno que até pouco, tempo existia um ponto de
ônibus.
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Enquanto
isso, eu continuava vendendo SACO na feira e atendendo as banqueiras colocando
água e fazendo recado para os donos de box.
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Minha
vivencia ne feira livre só parou, quando chegou um interventor para assumir a
EFMM em 1966 e deu apenas um MÊS (30 DIAS), para os proprietários daquelas
casas que existiam na Farquar SAIREM e o que foi pior, não destinou nenhum
outro local para aquele povo construir suas casas.
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Nessas
alturas eu já trabalhava, desde de 1960, na Sociedade de Cultura Rádio Caiari. Porém,
até hoje, me considero da TURMA DA FEIRA!
3 comentários:
História muito boa pra ser registrada!Parabéns!!
Que coisa linda!!! Depoimentos especial demais!! Amamos esta terra querida!! Somos feira!! Vivemos à feira!! Feliz por vc ter abraçado o contar o dia de feira!!!!
Excelente iniciativa!
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